quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Ah, de quase tudo que eu sei.

Não, eu realmente não saberia te contar sobre as dores. Não saberia explicar o que exatamente é um coração quebrado ou uma decepção que mais mata, do que ensina viver. Eu não sei contar sobre sentimentos, tão pouco sei transmitir o calor ou a frieza que com eles vem. Mas eu sei falar das cores. Eu sei falar dos cheiros. Eu sei falar das figuras. Eu sei falar dos ventos. Eu sei falar do som, ah desse, eu sei muito bem.
Sei contar qual é o segredo de um sorriso, ok talvez não saiba, mas sei contar sobre o sorriso que nasce de outro sorriso. Sei explicar exatamente o som, o cheiro, a forma. Sei contar sobre aquele perfume, ah que perfume! O melhor do mundo, no momento, para mim. Já descobri que consigo te explicar exatamente o que é ver um sorriso, aquele sorriso. Aquele preferido, que faz meu mundo desandar, eu me perco me achando e afinal, não importa. Ah, que sorriso!
Não consigo explicar o que grita aqui comigo, mesmo se soubesse, será que os gritos seriam dignos? Será que os gritos valeriam para serem escutados? E honestamente, pretendo não saber. Pois eu não sei explicar, não quero saber como se explica a dor do coração. A dor da solidão. Mas eu consigo te dizer, o que é a solidão sair de vagarinho, apesar de depois voltar, por causa do perfume ou do sorriso que está por perto. Eu consigo te contar, o que é a felicidade se preencher, por alguns segundos que sejam, devido a algum abraço que me aperte forte e que não seja, apenas um abraço. Seja aquele abraço, aquele que mesmo sem palavras te diz absolutamente tudo, algo como “eu quero te odiar, mas não consigo”, ou até mesmo algo como “você não sabe a falta que me faz”, porque não?
Mas deixa eu contar um pouco das cores. Quero explicar, que quase nada sei do preto e do branco, apesar de estarem mais presentes em mim, do que todo o colorido restante. Mas simplesmente não sei explicar, porque preto e branco é muito incapacitado, o preto é algo tão sombrio e o branco algo tão leve. Não há necessidade de explicações para ambos. Eu gosto do roxo e do vermelho! Vermelho me lembra sangue o roxo, me lembra a mim mesma. Gosto do verde e do amarelo, gosto do azul! Gosto do laranja e gosto do rosa, mesmo sendo de menininhas. Sei te dizer, que as cores explicam o que se passa dentro de você. Já vi, que quando meu mundo desmorona, me deprimi ver cores tão alegres – como o amarelo e o laranja -, no entanto, o preto e o branco me seguem. Sempre, sempre presentes. Engraçado, não?
Gostaria de saber falar melhor das vozes, mas aí é de cada um. Algumas vozes me tranqüilizam, outras me assustam. Há alguma voz, que me faz tremer, me faz sorrir e de vez em quando, até chorar. Vozes são cores, são formas. Vozes são macias e tão duras, são doces e amargas.
Afinal, tudo o que eu queria dizer, não disse. Apenas novamente, contei palavras, expliquei o que nem eu sei direito. Mas de fato, eu repito, sei mais das cores e dos perfumes, do que das dores tão acumuladas e irracionais e dos cortes tão assimétricos e irreais.

Um comentário:

Anônimo disse...

naaty, tu escreve mó bem *.*
eu escrevo também :)

ultimamente estou inspirado hahaha
:* blog show,bons textos... continue assim.