quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Nunca se sabe, né...

Queria te pedir desculpas por ainda carregar o peso de uma vida que não existe mais. Por deixar ainda a porta aberta. Por ainda te esperar de coração na mão, café na mesa e bolo no forno. Por esquecer de contar pro porteiro que se você aparecer, é pra interfonar e não só te mandar subir. Por ainda não ter desfeito a marca que seu coração deixou ao lado do meu, na esperança que se você quisesse voltar, era só colocá-lo ali de novo, não precisaria nem aconchegar novamente. Tava pronto. Tudo pronto pra você voltar.

São Paulo, 14 de novembro de 2013 00:44

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Clareia-se às vezes.

- Mas no final, meu bem, eu acho que o que era melhor para nós, na realidade foi melhor em plenitude apenas para mim. Pra você, até onde observo, a vida continua igual com o simples incômodo de não ter mais o meu corpo para abraçar. Agora, pra mim, aqui onde eu estou a paisagem mudou completamente. E sabe, custa acreditar e dói pensar que já não somos e não seremos mais, porém, até que está dando certo essa coisa de seguir em frente, pelo menos vez ou outra.
Hoje, por exemplo, fez sol.


São Paulo, 2 de novembro de 2013. 20:36