quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os (ex) melhores amigos.

Já não era de se estranhar tudo de repente desaparecer como se não fizesse mais sentido para ambos. Depositamos brigas acumuladas aos longos de três anos e agora despejamos um no outro querendo atingir, ferir. Irmãos, melhores amigos, ou seja lá o que éramos, do que nos chamávamos, mas era real ou pelo menos foi, até as diferenças começarem a abrir uma passarela larga e comprida, entre nós dois. Acho que não éramos e nunca fomos tão fortes quando imaginávamos, o quanto gostaríamos de ter sido, amigo.

Cada dia que passa eu revejo nossos passos e percorro velhos baús de lembranças. Procurando qualquer coisa, qualquer placa que sinalizou inutilmente: “está próximo de acabar”, sinais que pelo qual não vimos, não enxergamos. E perdoamos um ao outro, quando as feridas sangravam, quando não fazia sentido algumas atitudes, comportamentos...

Deixamos de lado tantas palavras sinceras, quando se magoava, que deixamos a vida fluir de maneira absurda. Não nos tornamos fortes, apenas construímos uma muralha de areia esperando as ondas do mar chegarem para desmoronar tudo o que construímos ao longo de três anos.

Acho que você tem razão, errei. Mas você também errou e deixamos tudo errar ao mesmo tempo, deixamos chover tudo o que estava guardado. Tempestades nos atingiram e não recorremos um ao outro, fugimos para lados opostos. Nos acolhemos pela primeira vez em braços diferentes. Deixamos o mundo desmoronar entre a gente.

E no final de cada dia eu peço inutilmente para que tudo tome forma novamente. Mas peço em vão, afinal. Fomos traídos por nós mesmos, derrotados por nós mesmos. E mesmo que me doa admitir e perceber isso, eu me acostumei com a sua solidão ao meu lado.


Curitiba, 25 de agosto de 2010. 21:08

domingo, 1 de agosto de 2010

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"Se è tardi per trovarmi, insisti, se non ci sono in un posto, cerca in un altro, perchè io son fermo da qualche parte ad aspettare te".

- Walt Whitman


Belle parole, davvero belle.