Já não era de se estranhar tudo de repente desaparecer como se não fizesse mais sentido para ambos. Depositamos brigas acumuladas aos longos de três anos e agora despejamos um no outro querendo atingir, ferir. Irmãos, melhores amigos, ou seja lá o que éramos, do que nos chamávamos, mas era real ou pelo menos foi, até as diferenças começarem a abrir uma passarela larga e comprida, entre nós dois. Acho que não éramos e nunca fomos tão fortes quando imaginávamos, o quanto gostaríamos de ter sido, amigo.
Cada dia que passa eu revejo nossos passos e percorro velhos baús de lembranças. Procurando qualquer coisa, qualquer placa que sinalizou inutilmente: “está próximo de acabar”, sinais que pelo qual não vimos, não enxergamos. E perdoamos um ao outro, quando as feridas sangravam, quando não fazia sentido algumas atitudes, comportamentos...
Deixamos de lado tantas palavras sinceras, quando se magoava, que deixamos a vida fluir de maneira absurda. Não nos tornamos fortes, apenas construímos uma muralha de areia esperando as ondas do mar chegarem para desmoronar tudo o que construímos ao longo de três anos.
Acho que você tem razão, errei. Mas você também errou e deixamos tudo errar ao mesmo tempo, deixamos chover tudo o que estava guardado. Tempestades nos atingiram e não recorremos um ao outro, fugimos para lados opostos. Nos acolhemos pela primeira vez em braços diferentes. Deixamos o mundo desmoronar entre a gente.
E no final de cada dia eu peço inutilmente para que tudo tome forma novamente. Mas peço em vão, afinal. Fomos traídos por nós mesmos, derrotados por nós mesmos. E mesmo que me doa admitir e perceber isso, eu me acostumei com a sua solidão ao meu lado.
Curitiba, 25 de agosto de 2010. 21:08
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
domingo, 1 de agosto de 2010
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"Se è tardi per trovarmi, insisti, se non ci sono in un posto, cerca in un altro, perchè io son fermo da qualche parte ad aspettare te".
- Walt Whitman
Belle parole, davvero belle.
- Walt Whitman
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