segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Da menina.

Menina, que dança assim devagar e olha pra baixo quando a olham. Menina, que anda depressa, mas faz questão de chegar devagar. Menina, que senta e sutilmente diz “às vezes eu não sei mais nada”. Ah menina, que olhos são esses, às vezes confusos e outras, tão cheios de certezas? Que sorriso é esse que guarda no rosto e deixa todos perceberem?

Menina dos segredos que poucos sabem. Menina, que tem medo da escuridão e se aconchega em qualquer abraço carinhoso. Menina, que chora escondido e um dia já chorou até demais. Menina dos pulos animados, das piadas que só ela entende. Menina, que faz questão de aumentar o volume quando a música é boa.

Menina, que se esconde para ninguém encontrar, mas aparece para todos notarem. Menina das risadas engraçadas. Menina, que se entrega para um poema. Menina mais nova da família. Menina dos abraços apertados.

Menina, que cresce devagar, mas ao mesmo tempo tão rápido. Menina do aniversário. Menina, que se esquece dos dias, das horas. Menina dos sonhos encantados. Ah menina, o que você tem mesmo, hein? Que vontade é essa de viver que você sempre tem? Que vida é essa que parece tão serena? Ah menina, que grande você já está.


Curitiba, 23 de janeiro de 2012. 00:45

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