Assim se vai de novo embora. Um abraço apertado que grita algo como: "por quê tão já?". E essa pergunta ecoa no espaço quase vácuo entre os dois corpos que teimam em não se separar. Me deixa te fazer um café, te preparar a cama, ainda está muito cedo.
Que despedidas desajeitadas, com uma saudade que pede para morrer. Os olhos se encaram e se esforçam para não lacrimejar. Aí o sorriso vem bobo, pois juramos que ao sorrir, aquela dor do nó na garganta vai embora. Mas é uma tentativa frustrada. E o que falamos com a voz trêmula, é quase mudo diante a tantos sentimentos despejados.
Sem ter vontade alguma, você então dá as costas. Seus passos são vagarosos, porém grandes, como se estivesse na dúvida de se prefere que a despedida seja breve ou demorada. Aí quando menos se espera, você já esta fechando a porta atrás de si.
Silêncio.
São Paulo, 13 de março de 2012. 00:30
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